A rapariga no comboio - Paula Hawkins 🖤


Sinopse
"O êxito de vendas mais rápido de sempre. O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros. 

Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia... 

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. 

Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos."

Opinião
Já li este livro há uns meses. Decidi agora vir partilhar. Gostei muito de o ler, a história vicia. Mas tenho que confessar que é de leitura difícil. Difícil por não ser livro para relaxar, só por isso. A história é pesada e requer foco 100% para entender tudo desde a primeira página. Sabem quando temos de voltar a ler o primeiro capitulo ao final de algumas páginas? Aconteceu. Logo nas primeiras páginas há pormenores muito importantes para todo o desenvolvimento do livro, que se forem passados ao de leve pode perder-se toda a história. Aquilo que quero dizer é que não é um livro para aqueles dias cansativos, pois exige bastante do leitor.  

O livro é narrado por mais do que uma personagem, sendo ainda mais desafiador. Somos obrigados a perceber os pontos de vista de cada uma, a por-nos no lugar dessas personagens. Foi a primeiro livro que li escrito assim desta forma. Além das narradoras diferentes há também tempos diferentes na história, o que torna o livro complexo.

Complexo, mas acima de tudo viciante. No decorrer da leitura vão-nos sendo dadas várias dicas para a solução do problema que é descrito na sinopse do livro. Algumas pistas verdadeiras e outras tantas falsas. Pistas essas que nos levam pensar nas mil e uma hipóteses para a conclusão do livro. Tornamo-nos inspetores. Mesmo! Equacionamos resoluções que davam para escrever muitos mais livro até 😄, aconteceu comigo. 

Claro que não podia deixar de tocar em assuntos como o alcoolismo ou a violência doméstica. Tanto se fala disto em tantos meios, e não se consegue extinguir estas pragas. Alcoolismo esse que é típico do nosso país. Aquele que achamos que está totalmente sob o nosso controlo, mas no fundo não há nenhum outro controlador a não ser o álcool. Se pegarem num livro sobre o século passado acreditem que entre outros , estes duas são questões abordadas. Apesar de serem problemas arrastados no tempo, ainda há muito para falar, para investigar, para solucionar, nestes flagelos das sociedades de hoje.

Há algo mais que retiro deste livro: um incidente na nossa vida pode mudar o rumo de todo o nosso percurso. Não sei se a nossa vida está escrita, não sei se somos nós no comando de todos os acontecimentos. Acredito num Deus de amor, por isso sei que os percalços que me acontecem não são castigos. E também, se Deus pudesse, retirava-me certos buracos do caminho. Mas eu não sei se o caminho é destino ou construção própria. Aquilo que sei é que há momentos decisivos. Tomamos uma decisão e tudo muda a partir dali. Não volta a dar àquilo. São momentos-chave do nosso percurso. São pontos capazes até de modificar a nossa personalidade. Comparados a um joguinho de blocos, quando passamos um nível mais. Penso que sabem aquilo que estou a falar. De certeza que têm momentos assim na vossa vida. Dias de mudança, que nos tornam seres adaptáveis. 

É um bom livro. Por isso vai na 33ª edição, com mais de 157 mil exemplares vendidos apenas em Portugal, desde 2015. 

Outras opiniões
«A Rapariga no Comboio é o mais envolvente romance com um narrador inconfiável desde Em Parte Incerta. Este livro vai deixar os seus leitores arrepiados.»
New York Times

«Um livro assim, capaz de viciar, escrito em crescendo e carregadinho de surpresas e desmentidos, só acontece raramente.»
Diário de Notícias

«É a autora do novo fenómeno literário de que se fala. A Rapariga no Comboio é um page turner que mexe com fantasmas coletivos.»
Visão

«É o bestseller do momento. Paula Hawkins absorve várias influências. Dos policiais escritos por mulheres a Cormac McCarthy, há um nome que vem da adolescência: Agatha Christie.»
Jornal i






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