Woman Power 🦹🏻‍♀️


Há 114 anos celebrava-se o primeiro dia da mulher. Foi nos Estados Unidos, quando um grupo de 1500 mulheres realizaram uma manifestação em prol da igualdade económica e política do país. Foram feitas imensas manifestações depois dessa data, culminando mais tarde numa longa greve têxtil que encerrou perto de 500 fábricas americanas. 

A mensagem passou o oceano atlântico, e durante primeira grande guerra os protestos femininos estenderam-se a todo o mundo. Greves seguidas de greves em toda a industria mundial, onde as mulheres estavam em maioria, abalando a economia dos países. Mulheres que passavam fome, que nada tinham para alimentar os filhos, enquanto os homens permaneciam meses nos campos de combate. Mulheres que sararam as feridas físicas e mentais dos que regressavam vivos. 

Só em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Desde então as conquistas foram sucessivas, mas muito lentas. 

Ainda hoje, a mulher não chega a alguns postos de trabalho, ou da sociedade. Ainda hoje, o nosso trabalho, mesmo sendo igual ao do homem, não é suficiente para ganhar de igual forma. Ainda hoje, não somos aceites em locais de emprego devido à nossa condição de maternidade. A mulher não deve vestir isto, ou aquilo, comportar-se desta ou daquela maneira. Ainda hoje, apontam o dedo ao nosso riso barulhento. Ainda hoje somos as chamadas histéricas. 

Pior do que isto tudo, é quando o dedo apontado vem de uma outra mulher. 

Só a união trouxe progressos para o nosso género. A desunião levar-nos-á novamente ao ponto inicial. A mulher sem ideias políticas e sociais, a mulher que apenas trata da casa, a mulher que não sai à rua sozinha, a mulher que não veste o que quer.

Juntas somos muito melhores. Sabem porquê? Porque somos o equilíbrio da família, geralmente somos nós que apelamos à paz entre todos. Somos o ser sensível, com um sexto sentido incrível. Reconhecemos um gesto ou até uma palavra. Aguentamos a dor, somos fortes. Cuidamos, somos cuidadoras, dos filhos, dos irmãos, dos maridos, dos pais, dos amigos, das amigas, da família. Somos prestáveis, são nossos os trabalhos de maior dedicação, zelo e proteção aos outros. Somos a alegria, a tristeza, o drama, a loucura, num dia apenas. Vivemos mil vidas numa só. Damos vida ao mundo.

Um abraço gigante para todas as mulheres que vivem em guerra. Não só na Ucrânia, há mais, muito mais. "Estimamos que 23 países, com uma população combinada de 850 milhões de habitantes, estejam atualmente a enfrentar conflitos de média a alta intensidade", Banco Mundial. Síria, Mianmar, Nigéria, Somália, Venezuela, entre tantas. Um abraço a todas as que vivem com o coração nas mãos. Resta-me apenas rezar por cada uma delas, e esperar um amanhã melhor. 

"Igualdade de género hoje, para um amanhã sustentável", ONU 2022

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